Com as obras no porto de Santos, espera-se aumentar a capacidade anual de movimentação de contêineres de 3,2 milhões de TEUs (cada TEU equivalente a um contêiner com capacidade para 10 toneladas) para 8,1 milhões por ano. E a previsão da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) é aumentar a capacidade para atingir os 10 milhões de TEUs anuais.
A Empresa Brasileira de Terminais Portuários S.A. (Embraport), e a Brasil Terminal Portuária investem na construção de novos terminais, além disso, a dragagem para aprofundamento do cais está quase terminada, que vai aumentar a profundidade do canal de 12 para 15 metros.
O problema são os gargalos nas vias de acesso ao porto.
As rodovias e ruas de acesso não tem a capacidade de receber o trânsito atual, e o resultado são congestionamentos no local. Apesar das obras rodoviárias como o minianel viário de Cubatão, unindo as rodovias Padre Manoel da Nóbrega, Anchieta e Cônego Domênico Rangoni, somente essas não são suficientes para o volume da carga esperada.
Com o término das obras do Ferroanel, em 2015, espera-se aumentar de 25 para 35% o total de cargas que são transportadas para o porto de Santos pelo modal ferroviário. O maior empecilho para a troca do modal rodoviário para o ferroviário é o tempo de entrega. Porém com os atuais congestionamentos, a demora para entrega da mercadoria no porto supera a demora na entrega por ferrovia.
Segundo o diretor da operadora logística Iltri RodoFerrovia e vice-presidente da Câmara Brasileira de Contêineres, Transporte Ferroviário e Multimodal (CBC), Washington Soares, nas ultimas duas semanas houve um aumento de 15% no volume de contêineres transportados para o porto de Santos pelo modal ferroviário.
Segundo Soares, os pedágios podem chegar a R$ 500,00 dependendo do trecho, e os gastos com frete por rodovia passam de R$ 1.300,00 por contêiner, enquanto por vagões os custos podem diminuir para até R$ 730,00. Além disso, os caminhões podem carregar até 29 toneladas, enquanto um vagão comporta até 75 toneladas. Por vagão são menos 3 caminhões que não vão para a rodovia.
Para o próximo ano, alguns agricultores já planejam escoar a safra pelos portos no norte do país. Segundo o vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), Ricardo Fonezyk, essa medida torna o transporte mais rápido e mais barato, pois encurta bastante o trajeto marítimo, reduzindo os custos do frete marítimo. A idéia é utilizar a Br-163, que atravessa o país até o Pará.
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